Antes de lhe apresentar a heroína da nossa aventura, Caro Leitor, por favor, permita-me explicar que não há nada de normal, usual ou convencional nesta história. Fábulas e negócios não costumam misturar-se, peixinhos dourados raramente nadam nas águas do Ártico, Goshio não é um típico nome feminino, poucos ensaios empresariais falam de Picasso, realismo, impressionismo e cubismo, e, no curso normal das coisas, espera-se que os tradutores sigam o original e não vice-versa.
Vai ler sobre a Galeria de Quadros sobre Realidades Empreendedoras no "Meiofácio" (mais um fantástico fenómeno), mas por enquanto, basta dizer que este conto não é um mosaico de pontos de vista apenas empresariais, mas também culturais.
Aconteceu que uma decisão casual de traduzir a história para outras línguas irradiou como ondulações através dos Sete Mares. Descobrimos que cada nova variante melhorava não apenas aquela tradução em particular, mas também a original e todas as outras versões. Imagine Homero e Shakespeare, Byron e Dante, Camões e Alexander Pushkin dando dicas e conselhos criativos um ao outro numa Mesa Redonda. Foi exatamente isso que aconteceu com a odisseia de Goshio – evoluiu para uma inspiradora, quase que "história sem fim".
Em todos os idiomas, usamos uma linha artística principal além do tema central de negócios, como O Pequeno Príncipe em francês, A Balada do Velho Marinheiro em inglês, Os Lusíadas em português, A Odisseia em grego e assim por diante. No entanto, também enfeitamos cada uma das versões com outras alusões dessas culturas e depois polvilhamos com um glitter global para dar um brilho especial.
Intercalar alemão com japonês, inglês com árabe, espanhol com chinês e assim por diante criou um belo mosaico, cada idioma acrescentando uma joia ou um tesouro ao todo. Algumas sugestões ajudam consideravelmente a compreensão e clareza do leitor; outras ideias criam novas metáforas, alusões culturais, ilusões imaginativas e assim por diante. O Pequeno Príncipe, O Profeta, o Velho Marinheiro e Ulisses uniram-se pela primeira vez numa aventura literária, filosófica e empresarial – reunida pela nossa querida Goshio – e forjaram novas realidades imaginativas. Chamamos a isso "polinização transcultural", um termo que pode – quem sabe?! – viver e encontrar o seu lugar no mundo.
O líder da minha equipa de tradutores diz-me que isso é um precedente e uma novidade no mundo da tradução. Assim seja – todas as viagens de exploração começam com pensamentos ousados e atos ousados. Mas isso, Caríssimo Leitor, traz-nos de volta à nossa heroína: ela permanecerá para sempre cativa, temendo o próximo tsunami (com medo e ignorância), ou tornar-se-á uma verdadeira mestra de seus mares? Acreditar ou não, o quanto acreditar depende de si...
Se é uma daquelas pessoas "estranhas" que se importam em mudar o seu fado, sina e destino, partindo, a princípio, da mudança da sua visão do mundo, talvez esta história seja para si. Na verdade, este livro é para qualquer pessoa, dos oito aos oitenta anos, homem ou mulher, pobre ou rico, desde que deseje enriquecer a sua própria visão do mundo – e alterá-la, talvez, um pouco ou muito, se desejar.
Mas e a nossa heroína? Bem, se você tiver sucesso, ela também pode prevalecer contra todas as probabilidades, e se ela tiver sucesso, isso também pode ajudá-lo. Ela é, afinal, uma heroína muito mágica, como verá em breve.
Sem mais delongas, vire a página e mergulhe nessa leitura mágica, onde o mar e o céu se unem no horizonte infinito, onde peixinhos dourados aprendem a voar e, Caríssimo Leitor, pode muito bem aprender também!